Como diferenciar e tratar os tipos de corrosão

por | jun 9, 2019

Popularmente conhecido como enferrujamento, por mais que pareça sempre igual, o processo de decomposição dos metais é diferente. Entender os tipos de corrosão é uma tarefa necessária para que se saiba como agir. Quer aprender como? Continue acompanhando este artigo.

O processo de corrosão

Na maioria das vezes em que se fala em corrosão, estamos colocando em pauta um agente causador principal: o tempo. Não há dúvidas de que esse fator determina o desgaste dos metais, polímero e concreto. No entanto, é necessário pontuar agentes que aceleram esse processo, bem como os diferentes tipos de corrosão.

A corrosão em si se dá pela transformação da forma metálica em íons por meio da transferência de elétrons do metal para um outro metal (ou outro elemento químico).

Os tipos de corrosão

A deterioração de um metal pode acontecer de distintos modos. Um olhar frio e não aprofundado diria que as corrosões parecem todas iguais. Porém, a história não é bem assim.

A seguir, você aprenderá a identificar variedades, descobrindo a importância prática dessa diferenciação. Acompanhe.

Corrosão uniforme

Este é o tipo de corrosão mais popular. Nele, os efeitos podem ser acompanhados em todas as partes do metal que se mantiverem em contato com agentes aceleradores de enferrujamento.

Ainda que atinja toda a superfície exposta do metal,  a corrosão uniforme é o tipo mais possível de se combater. Isso porque ele é também mais visível.

Corrosão por placas

Comum em metais que têm películas, a variedade em placas ocupa partes do material dando um aspecto de depressões. Com a deterioração em velocidade progressiva, os pedaços da peça se desprendem aos poucos vão se desprendendo da peça aos poucos.

As películas aumentam em espessura e, ao se romperem, exibem as partes antes protegidas ao enferrujamento. Desse modo, as escavações tomam forma e desnivelam a peça.

Corrosão intergranular

Comum em aços inoxidáveis, a corrosão intergranular é caracterizada pelo metal que perde a força até que se rompa. O tempo gera desgaste e os grãos da rede cristalina se concentram na região central, ressaltando a vulnerabilidade das periféricas. Daí o nome.

É necessário bastante cuidado, pois a força mecânica é um dos fatores que mais facilita a ruptura. Um pontapé, empurrão ou ação de um objeto movimentado com exagero pode danificar um metal mais fraco rapidamente. Assim, os grãos se destacam e o material enfraquece até se romper.

Corrosão alveolar

Também conhecida como corrosão por pits ou pites, essa categoria também apresenta desníveis e escavações, ainda que mais redondas e menos profundas do que o diâmetro.

O nome alveolar está ligado à aparência de alvéolos nas escavações. Já o famoso “pit” tem a ver com o termo Pitting Corrosion, que em português significa corrosão por orifícios e picadas.

Em alguns casos, essa corrosão, que é causada por oxigênio, chega a furar a peça. Elas exigem uma avaliação minuciosa, pois podem cobrir uma área com pouco destaque.

Corrosão esfoliativa

A esfoliação é um tipo frequente em chapas e ligas de alumínio, geralmente paralela à superfície metálica. Até mesmo o trabalho mecânico pode acelerar essa corrosão, favorecendo a desintegração do material no formato de placas paralelas em reação com o meio ambiente.

Corrosão ao redor do cordão de solda

Principalmente por conta da exposição à alta temperatura, esse tipo de corrosão específico acontece em torno das soldas. Ele aparece em peças de aço desestabilizadas ou níveis de carbono superiores a 0,03%.

Vale lembrar que os sinais de deterioração nas soldas são muito frequentes e podem ser acompanhados naturalmente com o passar do tempo. Uma soldagem cautelosa ajuda a evitar cenários propícios à corrosão.

Empolamento por hidrogênio

Esse tipo de corrosão é acelerado por conta do gás. Ele acerta o metal na variedade atômica, crescendo em pouco tempo de acordo com seu pequeno número atômico. A ferrugem vai surgindo em todas as partes atingidas. O hidrogênio se transforma no molecular assim que penetra o material, deixando-o muito vulnerável e exposto a danos gerais.  A pressão gera bolhas que se estouram e geram orifícios e ferrugem.

Podemos elencar alguns fatores que intensificam o aparecimento do empolamento pelo hidrogênio. São eles:

  • fonte de hidrogênio;
  • tempo de exposição;
  • uso de soluções reativas aos metais;
  • pressão e temperatura;
  • acabamentos (por exemplo, o níquel galvanizado).

Corrosão em fresta

Esse tipo lembra muito o que acontece no cordão de solda, se repetindo em arruelas, roscas, porcas e parafusos. Soldas próximas às peças oxidadas também podem ser atingidas.

O principal causador da deterioração é a alta temperatura e a intensidade vai de acordo com a profundidade e largura da fresta. Quanto mais profundas e estreitas, mais vulneráveis elas serão. Nesse caso, para retardar o processo de ferrugem, recomenda-se a utilização de peças limpas e sem incrustações.

Corrosão grafítica

Popular entre os materiais de ferro fundido cinzento, essa corrosão acontece independentemente do aumento de temperatura. Mesmo no clima ambiente, o ferro fundido entra em deterioração, ás vezes sem provocar diferença nas dimensões da peça. Se o caso for de corrosão grafítica as propriedades mecânicas do material serão alteradas e não há chances de reparos. Portanto, o combate deve ser exclusivamente preventivo, com o uso de inibidores de corrosão e revestimentos específicos.

Dicas de combate

A eficiência das medidas de combate varia conforme os tipos de corrosão. No entanto, as ações podem coincidir e demonstrar utilidade de modo geral.

Lembre-se que não há nada mais eficiente do que atuar de modo preventivo, reduzindo as chances do processo de ferrugem. Agora, caso precise atuar de forma corretiva, o método mais utilizado na indústria é a galvanização.

Para quem não está familiarizado com o termo, galvanizar é o mesmo que aplicar uma camada de zinco no material. Essa substância reveste o metal e livra a peça de traumas.

Há também revestimentos de outro tipo, como com o zarcão e o óxido de crômio ou ferro, e o uso de polímeros e folhas de flandres.

Uma boa parte da indústria dá preferência ao aço inoxidável, já que ele nunca enferruja. No entanto, sua utilização é limitada.

Agora que você já sabe diferenciar os tipos de corrosão, aproveite para conhecer melhor nossos serviços de tratamento e pintura de superfícies. Afinal, esta é uma das técnicas mais eficientes na preservação contra a deterioração. Confira e peça o seu orçamento agora mesmo.

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